Memória olfativa, memória afetiva

Já aconteceu com você de abrir um pote de batom infantil da sobrinha, e de repente se teletransportar para um momento da sua própria infância? Nessa hora, você é capaz de reconstruir com uma clareza incrível o ambiente, as cores, talvez as pessoas, a data - mas certamente o sentimento. 

Por que isso acontece?

O estímulo gerado pelo olfato chega rapidamente ao cérebro, recebido pelos neurônios que ficam no epitélio ainda mas próprias narinas. Dali, ele passa para o bulbo (que já faz parte da estrutura cerebral) e este se comunica imediatamente com o sistema límbico. 

Pronto! 

Está enviada a mensagem: o sistema límbico também se relaciona com o córtex dorsal, influenciando na consciência, e também no processamento da informação emocional e consolidação de memórias. 

É assim que conseguiremos ré acessar as nossas sensações por meio de estímulos idênticos no futuro. 

O curioso 

é que todo esse sistema é extremamente estrutural, e não precisa necessariamente passar pela consciência. Assim, é possível sim induzir a uma decisão por meio de estímulos olfativos sem que a pessoa perceba que tenha sido levada àquela conclusão. 

Da mesma forma, conseguimos oferecer ao cérebro um cardápio caprichado de aromas para ajudar em processos desejados, como relaxamento, concentração, energia, paixão, alegria, ternura… isso acontece porque o estímulo externo desencadeia no cérebro uma reação neurológica, ativando determinadas memórias importantes. E, com elas, dirigimos o próprio cérebro a tomar determinadas atitudes ou entrar em determinados estados. 

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